O Instagram nasceu em meados de 2010. Numa proposta de imersão em uma comunicação totalmente visual, a rede social servia exclusivamente para o compartilhamento de imagem. Ao criar uma conta, os usuários alimentariam uma espécie de “álbum de fotografias virtual”. Rápido, a rede social se tornou um dos aplicativos mais promissores da App Store. Cerca de um ano depois, o Instagram chegou aos seus dez milhões de usuários. Todo mundo produzia imagens de si para se divulgar: nasceu o influencer.
Os altos números alcançados em um curto tempo chamaram a atenção de investidores. Em 2012, o Facebook adquiriu a empresa pelo valor histórico de US$ 1 bilhão em dinheiro e ações. Foi, então, que a rede social começou o seu processo de integração com outros produtos da empresa de Mark Zuckerberg (Facebook e WhatsApp). Estava instaurada a maior rede de concentração da moeda mais importante da atualidade: dados.
Hoje, a rede social permite o compartilhamento de fotos e vídeos, bem como a integração com outros aplicativos. Entre as suas funcionalidades, estão a aplicação de filtros, músicas e gifs nos stories, além das gravações e transmissões de vídeos ao vivo, as famosas lives. A plataforma digital transforma anônimos em famosos da noite para o dia, além de monetizar personalidades e ideologias. É um grande comércio digital do eu. Se você não está lá, você não existe.
Trabalho, educação, cotidiano e até paquera, a rede une o mundo numa tela para deslize. Essa potência transformou o Instagram em um dos principais palcos de publicidade para empresas de todo o mundo. É a globalização digital. E, para bater de frente com o seu maior competidor comercial e econômico, o chinês TikTok, a plataforma americana investiu na atualização do formato de seus conteúdos e lançou o Reels, vídeos curtos e conteúdo fácil de nichar. Os grandes brigam pelos nossos dados enquanto a sociedade segue gerando conteúdo e engajamento.
Neste mês, o chefe do Instagram, Adam Mosseri, anunciou mudanças na plataforma por meio da sua conta pessoal do Twitter. Em um vídeo, Mosseri afirmou que o Instagram “não é mais um aplicativo de compartilhamento de fotos”, e que pretende se dedicar mais a ideias voltadas ao entretenimento e conteúdo de vídeo.
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De acordo com Mosseri, a mudança se deu principalmente pelo sucesso estrondoso de concorrentes como TikTok e YouTube. Em seu anúncio, ele também comentou sobre alguns testes e novas funcionalidades, como recomendações de tópicos e mais imersão na experiência de vídeos em tela cheia.
Segundo Mosseri, os usuários poderão começar a experimentar as novidades do Instagram “ao longo dos próximos meses”. Além disso, o executivo prometeu que a plataforma será mais aberta em relação às mudanças que serão implementadas daqui para frente, mostrando as possíveis novidades que serão usadas para competir com as demais redes sociais.
A era de reprodução e compartilhamento digital segue firme e inabalável. Empresas e instituições do setor público e privado se veem obrigadas a conquistar o seu “lugar ao sol” na nova era. A procura por profissionais com expertises em marketing triplicou, principalmente durante este período de pandemia, onde tudo está sendo comercializado pela plataforma: o boom do e-commerce. E não se pode fugir do fenômeno. Afinal, é cringe demais não estar logado no futuro. Quem não desliza nas redes, morre empancado no passado.
Ícaro Machado – Jornalista, Redator Publicitário da Agência Nove Dois